Fez-se silencio, e como se já estivesse no script, as estações começaram a mudar. A professora de repente ganhava o céu, embalada por braços atônitos. Daí começou então o aguaceiro de lágrimas umas justificadas, outras injustificadas, todas apoiadas na incompreensão coletiva do momento. É, o nosso "pra sempre" que chegou ao fim.
Onde estaremos no futuro? Disso eu não sei, mas posso garantir que estarei seguindo meus sonhos, meus instintos, aquilo que me move. Passeio pelo momento, imaginando como seria um encontro de todos dali alguns anos, com seus cônjuges e seus filhos, seus empregos e casas, maravilhas dadas pelo tempo.
Alegres por estar tão perto da sonhada universidade. Soa estranho as pessoas, tanto querem entrar nesse troço, quando na verdade elas estão recrutando-se para o desconhecido, é como sonhar em ter um avião sem nunca se quer ter voado nesse bicho. O inesperado chega a dar medo.
Ano após ano, uma condição linear. Chegadas, partidas e acima de tudo muito aprendizado. Professores amigos, outros nem tanto. Quantas provas, trabalhos, brigas que provaram amizades e laços que se provaram em despedidas.
Fomos guerreiros de uma batalha vã, heróis de uma historia desconhecida. Chegamos a beira do abismo e nele nos atiramos, sem se quer saber o que nos espera no fim dele, se é que tem fim.
Amizades formadas, mesmo as custas do ciúmes. Brigas e intrigas entre grupos, turmas e até amigos, todas que animaram aquelas segundas chatas de aula, ou mesmo que tornaram os dias simplesmente inesquecíveis. Aquela musica que marcou o ano, grupos de amigos, mas que ficaram esquecidas e quando ouvida hoje trazem a nostalgia de tempos que nos fazem lembrar do quanto éramos caretas e nos sentíamos populares.
Crescemos juntos, nos entendemos e quando achamos que estava tudo bem, os sacanas da diretoria bagunçavam toda a harmonia que existia misturando as turmas. A Seleção Natural tratava de adaptar eles ao meio e logo virávamos melhores amigos. Por quantas meninas já nos apaixonamos nesses anos, quantos ficas e rolos mal resolvidos. Amores correspondidos, paixões nunca vividas e logo depois esquecidas. Erros, vacilos, escrotices... Esses anos foram foda.
Crescemos juntos, nos entendemos e quando achamos que estava tudo bem, os sacanas da diretoria bagunçavam toda a harmonia que existia misturando as turmas. A Seleção Natural tratava de adaptar eles ao meio e logo virávamos melhores amigos. Por quantas meninas já nos apaixonamos nesses anos, quantos ficas e rolos mal resolvidos. Amores correspondidos, paixões nunca vividas e logo depois esquecidas. Erros, vacilos, escrotices... Esses anos foram foda.
O tempo. O amor. O ódio. A segurança, medo, tristeza e felicidade. Os contrários unidos. E de repente o chão desaba. Acaba tudo. Você está só, apesar de saber que todos estão ali ao seu redor. Você é a pessoa mais perdida do mundo, apesar de e saber exatamente quem é, onde está e que caminho seguir. Onde está Deus hora dessas? Em mim, em ti, no Oiapoque no Japão. Aqui!
O começo do fim. O inicio de um novo começo. Principio e fim tão próximos. Alfa e ômega de mãos dadas.
Pode ser que seja nosso fim. O fim da história jamais conhecida, da batalha jamais iniciada. Uma vez ouvi em algum lugar, que apesar de morta, uma estrela não deixa de brilhar. Sua luz, vaga por aí pelo universo, o sem fim e sem começo. O astro não morre, apenas transforma-se em um mistério, e que mistério e a estrela, travessa, danada, rasgando o tempo e o espaço, confundindo galáxias por aí.
Assim somos nós. Podemos morrer, partir, mas não perderemos nosso titulo de estrela. Vagaremos por aí sem vida talvez, mas com luz, fazendo travessuras por outros universos Tornamo-nos mistérios. Podemos não ter vida, mas ainda temos luz, infinita e inconsumível. Ainda seremos travessos, misteriosos... Ainda somos estrelas.