Como nasce um texto?

Por Cristyam Otaviano - agosto 18, 2017

Para começar, por ora eu também sofro da Síndrome do impostor, quando pensamos que não somos tão bons quanto falam e que tudo não passou de sorte. Nessas idas e vindas já me disseram que eu sou bom e que me perguntaram se penso em escrever um livro e afins, mas me vendo como escritor, eu ainda aprenderei (viver) muito até chegar lá. Muitos chegam a se perguntar, outros até não, como nasce tudo isso, de onde vem toda essa inspiração, criatividade, esse feeling todo com as palavras. Como nasce um texto.


Vocês devem ter notado, outros não, mas quando posto algum status no Facebook, pode esperar que tem algum texto falando algo parecido com o foi publicado. Bem, aquele status nada mais é do que um texto nascendo. A inspiração pode vim a qualquer hora em qualquer lugar, não tem hora, nem lugar, simplesmente vem e ali começa a germinar a coisa toda.

A exemplo, o texto Cicatrizes, onde eu falo da infância de um garoto (eu), que valeu a pena e que ele não tinha vergonha de mostrar suas marcas, porque elas eram o símbolo de que tudo tinha valido. A inspiração veio enquanto eu estendia roupa, simples assim. Já Permita-se nasceu enquanto esperava o ônibus na parada e uma nuvem passou, fazendo chover e enquanto todos se escondiam eu me deixava molhar, queria me permitir aquilo.


Outros textos são reações, respostas minhas a fatos acontecidos. Refúgios e outros muitos foram escritos enquanto eu passava por uma depressão, agravada por problemas do tipo vida adulta, faculdade, termino do ensino médio, sexualidade e afins. Nessa época escrevi bastante, inclusive um texto parecido com esse, mas de lado mais literal, muitos deles permanecem em rascunho desde o fim de 2014 até março de 2015, fazem parte de um projeto do antigo blog, o Caderno Amarelo. Um dos muitos projetos do novo blog, o ViVendo.

Muitas vezes o feeling do texto vem de um filme, uma simples frase que me faz pensar a coisa toda, eu simplesmente posso trabalhar um texto inteiro em cima dela. Pode ser uma música ou mesmo algo que alguém me falou que faz eco em mim e eu não sossego até escrever aquilo. Pode vim também trazido pelo vento na janela do ônibus, teve uma série de textos que fiz enquanto passeava pelas ruas dessa cidade.


Sou altamente sensível e perceptível a coisas que pessoas normais não notam (Lua em Peixes), logo a cada esquina nasce um texto novo, em certas épocas. Tem muito em rascunho no blog, o que eu chamo de deixar de molho, até que eu revise, coloque fotos e então publique o texto. Esse tempo é bem relativo. Hoje tem muita coisa em rascunho e mesmo postando toda semana eu crio mais que posto e tudo vai se acumulando.

Teve texto que saiu em horas, outros demoraram dias trabalhando todo dia nele. Victoria nasceu em poucos minutos, já O Mundo, que era um texto para ser de fim de ano, veio sair só em fevereiro. Aqueles textos mais informativos e aleatórios, são coisas que vejo por aí e acho que o pessoal (leitores) também gostariam de saber. Geralmente coisas novas, claro, novidades. Que eu vejo ao longo da rotina, com meu espírito de entender como tudo funciona, e de farejar tudo para por coisas novas aqui.


No mais a inspiração vem da vida, do viver, isso justifica os períodos entre ferias serem pouquíssimo produtivos, só escrevo o que vivo, se não vivo, não escrevo, a não ser que me sinta angustiado com isso e acabo fazendo texto sobre isso, Tempo nasceu de uma dessas. Já a criatividade piora quando se tem um amor incompreendido por metáfora, que acaba comparando a vida a um bung jump.

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