Estou indo, mas vou parar no meio do caminho.
Preciso do ar daqui, sentir o frio no rosto, amanha estarei ai perto, te quero no frio de um cobertor, no escuro de uma noite, no brilho de um dia de sábado. Fazer silencio num coração barulhento, não importa isso, agora nada mais importa, sobre o passado não há mais nada que possamos fazer.
Estou voltando, quando chegar, você saberá, sentirá meu sinal. escrevo para um alguém, que não existe, falo de um amor que se quer ousou acontecer, até o nada merece seu espaço na medida do universo.
Livre. Meu eu é inconstante, o escrever, confuso, o viver, sinuoso, sou torto porque sou obra do divino. Isso ousa acontecer porque sucede eu antes de mim mesmo.
Não esquecerei tenho total ciência de quem sou, de onde vim e para onde vou, a não ser nas vésperas dos meu sol. Antes das 14:50 do Dia 18. Quando retomo a mim e lembro exatamente de quem sou. Me faço novo, de novo, mudanças insuspeitas, que esvaziam até eu de mim.
Dia 18 a vida ganhou seu primeiro suspiro, ar, não veio ao mundo para ser pequena, não sobreviveu a tudo para ser fraca.Venceu, e quando menos perceber vencerá de novo. Chegará longe, porque é de verdade, cruzará mares. Brilha num dia de sol.
Esperando, conjugando o passado, vivendo o vazio. Fora de hora. Livre acima de tudo, dependente somente do coração que aqui bate. Sendo solidão nas noites de domingo. Colecionando mais passado a cada dia, gradativamente mais perto do desconhecido.
Se eu me perdi, desviei da minha rota, isso não tem problema algum, seria estranho se essa historia, se repetisse igual, do mesmo jeito, com as mesmas falas que um filme da sessão da tarde como todas as 14:50 do Dia 18.