Humanos

Por Cristyam Otaviano - novembro 25, 2017

Nossa história muda, não controlamos isso, fazemos escolhas e damos novos destinos ao incerto da vida. O céu é um passado que a ciência ainda não conseguiu explicar, é salão para ciranda da vida por ora, morada das estrelas. A realidade existe, agora estou vivo, vejo, ouço e sinto, mas, isso é mínimo, e ainda sim somos cegos para verdades. Fazemos valer a vida em algum espaço, entre o começo e o fim.

Nosso viver é um eterno atraso, uma dança fora de hora, fora de compasso. O mundo lá fora assusta, nossa bolha, nosso tudo. Lá faz frio, é vazio de mais para preenchermos, a vida é colocada a prova, mas antes de tudo é provada nossa humanidade. Nascemos aqui para aqui pertencer, do começo ao fim.


A vida é pequena sim, mas carrega aprendizados nela que fazem o macro do céu micro. Sabe lá, se a vida sabe que ela existe. Agora caminhamos para o desconhecido, a todo amanhecer o céu é novo, a vida é outra. Precisamos nos ver de fora, saber como somos de longe, onde estamos, e para onde estamos indo.

O sol, pai de todos aqueles que nos atravessam, é amarelo, deu cor a vida, junto ao azul do céu se fez verde por pura pirraça. Pai que pensa que é centro de tudo, mas mal sabe ele que o coração daquilo que é infinito, ainda mora no desconhecido. Mas quanto tempo ainda temos?

O futuro é uma charada que mata ou salva, o passado não se muda, mas o agora é nosso, até o último suspiro, fazemos nossa própria historia, por isso precisamos ficar. 


Não sei do que isso se trata. A final como começou? Somos sozinhos e sempre fomos, a vida aqui chegou e ficou, soube sê-la. Olhe ao redor, quantos iguais há por aí, pelo universo? Estamos, somos e seremos sozinhos, únicos, singulares, mas estamos vivos, aqui é nosso lugar no espaço das coisas. Especiais, pela típica natureza, singulares pelo habitat, somos únicos, sozinhos, criatura, humanos.

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