Do que você tem fugido? O que esconde? Você convida pra dançar?
Uma parte da minha vida foi vida, a outra foi uma eterna fuga. Fugi de mim mesmo, daquilo que eu temia, e por correr por aí na cidade, feito aquele bicho dos meus sonhos, que mal conseguia tocar o chão, quase levitava, foi que eu me senti incrível. Leve. Parecia, estar livre de tudo. Gravidade, pesadelos, fantasmas, livre de mim. Só seguia, sem saber o que. Na verdade não vivia, minto até vivia, uma sobre vida.
Fui um segredo, minha vida chegou a ser quase desconhecida, não foi eu. Sei que existo, mas quanto aos outros? Permaneci oculto. Faz efeito. Por conta disso deixei de fazer as coisas como deviam ser feitas. Mas há segredos que precisam sair, voar por aí, sou quem sou, isso não é segredo. O mesmo mundo que hoje me encanta e me leva conhecer o que há do outro lado do mar, foi minha prisão, o silêncio da voz interior, que tanto gritou e saiu de mim, alguém ouviu, viu. Aí deixei de ser segredo.
Imagina a vida sem isso. Sem toda a mentira, toda omissão. É vida, de verdade. Simples, tão leve que o vento leva, no mar não afunda. A gente leva. Viver é diferente de sobreviver. Me fiz leve e por isso a vida passou a ser ela. Feito menina assanhada que sorri pelas ruas aí da cidade, vive o melhor de si, conjuga primaveras interiores.
Pensa que vive, mas na verdade luta todos os dias contra algo maior, superestima o medo e cala seus heróis interiores. Lembro da vez que me senti o dono da maior felicidade que já poderia existir. Egoísta? Claro. Derrubei meus muros, fiz voos mais belos que Ícaro e pude perceber a vida fora de uma armadura. Naquele momento eu vivia os inteiros da criação, fui todo verdade.
Não se esconda, viva! Viva o completo, o inteiro, a verdade. Mas leve sempre a mentira com você caso não acreditem. Siga, ainda que não saiba o que, quem sabe siga o sol, o vento, a fé. Mas siga! Se precisar olhar para trás, que seja para ver tudo que passou, e passou, não volta mais. Vá e viva. E só então chegará ao amanhã.
Uma parte da minha vida foi vida, a outra foi uma eterna fuga. Fugi de mim mesmo, daquilo que eu temia, e por correr por aí na cidade, feito aquele bicho dos meus sonhos, que mal conseguia tocar o chão, quase levitava, foi que eu me senti incrível. Leve. Parecia, estar livre de tudo. Gravidade, pesadelos, fantasmas, livre de mim. Só seguia, sem saber o que. Na verdade não vivia, minto até vivia, uma sobre vida.
Fui um segredo, minha vida chegou a ser quase desconhecida, não foi eu. Sei que existo, mas quanto aos outros? Permaneci oculto. Faz efeito. Por conta disso deixei de fazer as coisas como deviam ser feitas. Mas há segredos que precisam sair, voar por aí, sou quem sou, isso não é segredo. O mesmo mundo que hoje me encanta e me leva conhecer o que há do outro lado do mar, foi minha prisão, o silêncio da voz interior, que tanto gritou e saiu de mim, alguém ouviu, viu. Aí deixei de ser segredo.
Imagina a vida sem isso. Sem toda a mentira, toda omissão. É vida, de verdade. Simples, tão leve que o vento leva, no mar não afunda. A gente leva. Viver é diferente de sobreviver. Me fiz leve e por isso a vida passou a ser ela. Feito menina assanhada que sorri pelas ruas aí da cidade, vive o melhor de si, conjuga primaveras interiores.
Pensa que vive, mas na verdade luta todos os dias contra algo maior, superestima o medo e cala seus heróis interiores. Lembro da vez que me senti o dono da maior felicidade que já poderia existir. Egoísta? Claro. Derrubei meus muros, fiz voos mais belos que Ícaro e pude perceber a vida fora de uma armadura. Naquele momento eu vivia os inteiros da criação, fui todo verdade.
Não se esconda, viva! Viva o completo, o inteiro, a verdade. Mas leve sempre a mentira com você caso não acreditem. Siga, ainda que não saiba o que, quem sabe siga o sol, o vento, a fé. Mas siga! Se precisar olhar para trás, que seja para ver tudo que passou, e passou, não volta mais. Vá e viva. E só então chegará ao amanhã.