Talvez

Por Cristyam Otaviano - janeiro 27, 2018


Talvez isso me ajude, talvez não. Talvez alguém leia isso, talvez não passe de mais um texto em meio a milhões. Talvez um texto seja pouco, talvez mais que o suficiente.

Um talvez, e a vida perde o sentido. E daí surjam dois rios de lágrimas. Não somos mais quem éramos antes. Talvez eu entenda o porquê, talvez não. Talvez um dia a dor pare, ou dure uma vida toda. Quem sabe ela me ensine, ou eu viva eterno suplício. Talvez eu mereça isso, ou será que não?!

Se não tivesse me atirado tanto, eu teria feito o certo. Devesse ter ido mais devagar, talvez eu tenha ido rápido de mais. Talvez eu nem devia ter entrado nessa, talvez foi a coisa certa a se fazer.


Talvez fique ou então vá. Talvez. Talvez eu mereça ser só, talvez não. Talvez Deus me ampare, talvez não. Talvez fiquemos junto, talvez a distancia se revele. Talvez eu supere, talvez não. Talvez "nós", talvez eu. Talvez amor, talvez dor. Talvez perto, talvez longe. Talvez

Talvez eu esteja fazendo certo em alimentar a esperança, ou assim machuque a ferida da dor. Talvez eu esteja certo em imaginar o futuro, sem importar-se com o presente, sem viver o hoje, ou de tanto imaginar, ele chegue e eu acorde sabendo que só imaginei e nada vivi. Talvez eu odeie. Talvez um All Star azul continue como meu preferido, talvez continue dentre as coisas que mais odeio.

Talvez siga vivendo, talvez morra. Talvez pense duas vezes, talvez seja um veredito, uma sentença. Talvez o desconhecimento seria o mais sábio, talvez devesse saber. Talvez depois da tempestade venha o arco-íris, talvez a tempestade não tenha fim. Talvez o sol brilhe, ou as nuvens os escondam. Talvez eu não fique só, talvez eu apodreça na solidão. 

Talvez eu lide com o "adeus", ou nunca consiga tal façanha. Talvez.

Talvez seja fácil, talvez eu jamais supere. Talvez a primavera seja eterna, talvez as flores sequem. Talvez. Talvez o filme dos momentos acabe, talvez ele se passe em cada sensação sentida. Talvez fique fraco, talvez "stay strong". Talvez me alimente da dor, talvez ela me consuma até o ultimo vão átomo.

Farei questão de te lembrar. Farei questão de desvendar o futuro. Irei de cara para o desconhecido. Tentarei não ser só nesse mundão, não acabarei na solidão. Cauteloso nos riscos, não me arriscarei à toa, ou talvez eu faça exatamente aquilo tudo que você não faria.

Talvez.

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