Levantar, é preciso, se erguer, assumir que caiu, doeu, mas não foi o fim. Não dessa vez, não hoje, não aqui. A loucura vai chegar, e por tudo em ordem, já fiz as pazes com o sol, voltamos a ser amigos, talvez eu seja louco, mas e daí?!

Quero mais é viver, me sentir em mim, e sim, é um recomeço, posso fazer tudo diferente agora, e vou. A vida mandou um recado, chegou leve, insuspeita e disse, é isso. Cresço em mim, sinto o eu, é diferente. Voltei a ser meu lar.

Não esta acabando e a prova disso é que a esperança não morreu, soube viver do resto de mim, doeu, mas chegou a hora. A liberdade está lá fora, ontem, comecei a ser livre, ficou claro pela lua.

Há  lugares onde não estive, há coisas que ainda não fiz e não haverá mais. Nem toda historia precisa de um final, os fins justificam os meios. É preciso ser forte para aguentar cair, mas é preciso ser mais para recomeçar.

É bom estar de volta, em casa, como eu estava com saudades, esse sou eu, meu novo eu. O velho mesmo eu, recomeçando, a ser algo. Indefinido por enquanto, mas sabido de si, sentindo o peito, faz barulho quando balança, tem alguma coisa dentro.

Choro, mas por estar feliz, porque pela primeira vez, eu pareço habitar a mim. E esse é um começo, de um recomeço. Porque de todos lugares existentes e imagináveis, eu habito aquele onde eu queria estar, eu habito a mim.