Anderson

Por Cristyam Otaviano - dezembro 05, 2019

É difícil escrever tu.

Não sei bem onde começar as coisas, vou me tentando, até isso aqui parecer tu. Quanto tempo faz que a gente se conhece? Eu nem sei, nosso encontro nós lembramos bem. Faz tempo? O que é o tempo, depois de ti? Foi ali mesmo, naquela tarde, que pude te olhar de perto, enfim te conhecer. Existe a história da história.

Como se fala num texto, dentro de uma tela, num quarto ou numa folha de papel sobre um coração tão grande, que fez o mundo parecer nada? Eu me tento. Um nome simples de se falar, Anderson e um alguém que quando eu preciso descrever, meu vocabulário parece nada. E aviso, isso é sobre você, e não sobre nós.

Um nome era tudo que eu tinha, tua primeira verdade. O mesmo nome que vai em todas as cartas que já te fiz. Essa é mais uma, só que diferente das outras, é tu aqui. Teu sorriso, teu olhar, tua risada e tua calma, que só tu tens.

Tem muita coisa rolando lá fora, sair ainda pode ser perigoso e mesmo assim tu sai, é a coragem que tu carregas no peito. Brilha no teu olho quando se põe a voar. Tu foste feito pra voar, ir e vir, ser livre, e sempre será. Tu és Passarinho. Forjado em vida, a fogo, força e felicidade.

O mundo já é teu, hoje o dia nasce pra ti. Tu és a luz, que viaja por aí e nunca vai se acabar, por que tu tens a eternidade contigo. Serás enquanto o tempo for e o tempo nunca deixou de ser. O mundo hoje sabe o nome do meu amor.



Pele nobre, sangue azul, quente, és animal de cor jamais vista, a salvação da espécie que há séculos não vista. Vida a inexistência, resistência, vontade e amor. Os homens nunca viram ninguém assim.

Coração sem endereço, voou e quis ficar. Achou um lugar no mundo, no hoje. Vindo não sei de onde, chegou fedido de saudade, de um passado esquecido há tempos. O fogo nunca queimou tanto como hoje. Teu peito arde e não há quem ouse chegar perto do coração. Se derrete fácil que nem manteiga, sem mantem forte que nem pedra, vira escultura nas minhas mãos.

Todo mundo merece ser feliz na vida uma hora, essa é a nossa. É louco, é tu, sou eu, somos nós, e sabemos disso, era nossa última chance, sabe lá quando seria a outra. Cheguei atrasado, peço desculpa, ando sempre fora de hora, espero que seja um bom momento.

A segunda versão de histórias que só sei, eu e tu. A história já esta escrita. Não ouso contar o fim de histórias, morrerão comigo, e acreditem, estou além do meu fim. Você sabe bem o que fazer.

Não sei bem se sou intruso numa festa particular ou se sou o único convidado de um baile funk que vai tocar até amanhecer. Ainda é quinta-feira e isso não quer dizer nada, vamos fazer do mundo apenas uma palavra, o tempo uma medida e do amor um sentimento. O mundo anda louco, eles jamais nos entenderiam.

Amar de verdade, num mundo de mentira é um ultraje, ofende, envergonha e ameaça. Tudo anda a beira da loucura, o mundo enlouqueceu, amar hoje, é revolução. E há quem tenha vergonha do amor, amam de boca para fora. Deus tende piedade deles, eles não sabem o que dizem.

Tu és o fogo que nunca vai se apagar. Luz que vai rasgar o universo até que não exista mais anda além, a vida que vai por tudo e todos a prova. Hoje, quero que você se prometa ser livre, antes de tudo.

Ame, com tudo que tiver, com toda verdade que puder, como se o amanhã nunca fosse existir, ame hoje, aqui e agora. Seja feliz Anderson, viva bem, viva bastante e viva por inteiro. Se jogue de abismo cada vez maiores, saia na rua de peito aberto, guarda baixa e leve.Porque hoje o mundo é teu, o sol hoje nasce pra ti.

Você é e sempre será livre.

 Parabéns amor. É tudo teu, pra ti e por ti, Anderson.

Ass.: Cristyam Otaviano
ou só Cris



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