Há um ano nossa história começava, há um ano era dito o nosso primeiro "era uma vez" e caberia muito nisso tudo.

Idas e vindas, uma história com vários finais, vários recomeços. Você foi, cada vez mais longe, levando o melhor de mim por aí. Sempre provando do limite da incompreensão. Quando, onde e como, não pareciam ser coisas óbvias. A vida aqui continuou como deveria, uma queda não pode parar nosso show.

Houve tanto para se contar. Um ódio, justificado pelo amor. Te odeio porque eu te amo. Esse é o amor mais lindo de todos.

Ei, te amo, você sabe, e não me canso de falar.

Estamos aqui, enfrentando lutas internas. Em você, guardei um pedaço meu. Meu melhor está com você, em você, o único pedaço vivo de mim. Você o tem, cuide bem pois, a qualquer momento posso voltar para busca-lo caso precise. Faça silêncio para ouvir um eco no vazio de mim.

Sou vítima da coragem. De repente alguém foi corajoso o bastante a ponto de largar tudo, e em menos de um instante eu não tinha mais nada, muito menos ninguém. Por conta da coragem. Hoje sou pobre.

Coragem. Muitos precisam. Outros exalam pelos poros, chega a dar nojo. Mas a que me destruiu veio em uma dose letal, na medida certa, como se cada molécula fosse direcionada para cada átomo meu. Daí já me resumia a nada.

A coragem cria heróis ou quem sabe vilões. Une pessoas, destrói coisas. Causa/Consequência. Quem me dera ter a coragem de ser louco o suficiente. A coragem é a loucura dos sábios. Sábios são corajosos, os outros são só loucos. Eu? Sou um louco sem coragem. A coragem é a irmã da loucura, contrarias, mas de um antecedente em comum. A loucura nasceu para os burros.

Dizem que não haveriam grandes homens na história se não fosse a coragem. Esquecem de falar que não haveriam vitimas se ela não existisse. Hitler, Luther King, Calcutá. Eu, a vítima da coragem, O pobre, burro e louco.

A coragem afasta as pessoas, faz sangrar, fere. Estou entre o fogo cruzado do vilão e do herói, filhos de uma decisão, sou uma vítima. Atingido por uma bala verdadeira, porem inexistente, de que cano ela saiu? Não foi do herói nem do vilão. Hoje sangro. Sangue incolor, inodoro, sangue frio. Sangue morto.

Corajosa é a chuva por se atirar das nuvens, para cair nesse mundo podre ao qual pertenço. Mundo imundo sujo do sangue que derramo, que fazem derramar, por onde passo. O sangue morto, que não se vê, o sangue sem cheiro, sangue sem vida. Mas sangue.

Quem sabe esgote de algo que já não é mais meu. Aí não haverá mais vida. Só será um corpo inerte na inércia do mundo. Uma vítima da coragem. A mesma que faltou na hora do suicídio, na hora de ser quem devia, no momento em que a verdade seria ela. Fraco. Um corpo louco, que só sabe que respira, mas não vive. Vazio, Inerte. Sem vida.

Já acreditei no amor, sim, e sou quem sou graças a ele. 

Esqueci como é amar, do frio na barriga em começar a conhecer alguém, das conversas sem fim de madrugada, dos carinhos e claro, da ansiedade da paixão. Sentir o coração fazendo uma festa no peito, feito sambista na Sapucaí. Mas as coisas passam, tudo na vida passa. Nosso tempo cada vez mais curto e a Sapucaí da vida, cada vez maior, e passa, sim passa.

O amor passou, foi embora e já não volta mais, até que se proclame outros carnavais. Quem sabe ele venha novamente. Trazendo alegria aos sambistas, mas não vim falar de samba, vim falar de amor.

Já vivi amores maiores do que tudo que já tive na vida, primaveras, que jamais verei iguais. Mas o tempo é um fato que não se pode negar. Então as flores da primavera logo viram tapete para o inverno passar. Cinza, frio, silencioso e solitário. Nem a vida resiste a ele.

Créditos: Cristyam Otaviano

Pensando na entrega, a melhor parte de amar, vejo o quanto mudei, hoje me entregando a um qualquer, por pura vontade de sentir algo parecido com o amor. Sendo sincero, isso prova que não existe amor nem a mim.

Dos erros que pode-se cometer um deles, se apaixonar por mim.

Amei, não amo mais. Pretérito perfeito. É verdade, foi passado. Hoje, desistido do amor, vivo o inverno, a solidão, o silêncio. Talvez assim escute minha voz interior, aprenda mais a ser minha companhia nas horas de solidão, ou mesmo faça da solidão uma boa companhia. Mudei, e preciso voltar a amar, mas não existe receita ou caminho que se faça. Não. É esperar, esperar tudo passar.

Créditos: Cristyam Otaviano

Mesmo que o silêncio da solidão por ora machuque, que o passado chegue a assustar, que choremos por não se reconhecer mais. Chore sem motivo. O inverno precisa ser vivido, para que a primavera volte. Se é que volta. Há invernos que não duram para sempre. Hoje sou inverno, silencio e solidão.

Porque, certo dia, eu desisti do amor.

Você pode não ter sido o primeiro ou o último, mas foi único enquanto esteve aqui. Fez parte de uma história cujo tamanho desconhece. Cuide bem, você tem a melhor parte de mim, quando precisar volto para pegar.

Para as histórias serem feitas é preciso tempo, não foi diferente para nós dois. Houve tempo para sorrir, caminhar por aí, para nossos hiatos, brigas, momentos só nossos, tempo para amar e tempo para dizer adeus.

Créditos: Cristyam Otaviano

Adeus uns aos outros, as partes de nós, a quem fomos e ao que fizemos. Lugares que eram só nosso, que jamais visitaremos. Ficou perdido na história, será história, e tem duas versões, um amor que virou lenda.
 
Foi amor, do começo ao fim, ainda que as coisas não tenham ficado tão claras, mas na imensidão dos universos que somos, nosso amor existe em algum lugar, amei você e peço que se lembre disso pois, você teve a melhor parte de mim.

Nosso amor que provou da distância, dos espaços que no separava, do tempo que ia contra nosso querer, do silêncio, (que foi) resposta para as mais inúmeras perguntas que já tive, sobre nós dois. Da dor de partir e por último, de uma parte de mim. O que não me deixa mais ser quem eu era. Amar tem seu preço.

Na vida temos amores dos mais diversos tipos o que nós machucam, nos ensinam, somam ou perturbam, rápidos, calmos e por aí vai. Você foi um deles, parte de uma história que não acabava no ponto final.

A você, entrego a certeza, de que fui feliz ao seu lado. Nos dias bons e ruins, sou grato por tudo, desde o começo ao fim, ao amor. Tudo aconteceu da forma que era para acontecer. Espero que tenha sido feliz, assim como fui.

Do começo ao fim, foi verdade e peço desculpas se alguma vez te magoei. Quanto a mim, não se preocupe, ficarei bem. Na vida, poucos amei, todos de diferentes formas e cada saudade tem seu devido nome.

No silêncio da solidão, na saudade dos dias de sol ou no frio da madrugada, que entra pela janela, eu sinto sua falta, do teu olhar, do teu pulsar, da tua vergonha, sinto falta de ti. É só mais uma noite difícil, mas ficarei bem.

Das poucas certezas que tive e tenho, uma delas é que te amei, e jamais esquecerei disso. Porque dos mais variados, possíveis e inimagináveis amores que poderia ter e viver. Na imensidão do universo que abrigamos. Na possibilidade dos impossíveis. Na imensidão do vazio que mora dentro de mim. Esse amor veio exatamente para mostrar ao mundo, o tipo de amor, que escolhi ser.

Você lembra onde esteve no fim da tarde de três meses atrás? O que pesquisou na internet semana passada? Não?! Pois tenha certeza. O Google sabe!

Gigante no mundo da tecnologia o Google, uma empresa relativamente nova, mas que virou um sábio da cultura popular. Sempre que não sabemos algo, uma busca rápida e se descobre o que desejava, assim tudo começou, um mecanismo de busca em 1998. A empresa cresceu e hoje é senhora de diversos serviços e ao longo de seus anos modificou comportamentos e tecnologias.

Blogs, comunicação, navegação, geo localização, imagens, produção científica e gadgets são alguns dos ramos atuantes da empresa hoje. Esses serviços atuam, como extensões de um sistema nervoso central, que claro controla suas partes, e a parte critica, armazena informações, acredite o Google possui uma memória.

Google

Tudo começa ao criar uma conta no Gmail, serviço de email da empresa, nos tornamos usuários dos serviços, é como se fosse nosso CPF, mas virtual, e por ele podemos obter as informações. Mas que tipo de informações são essas? De onde elas veem? Aqui entra meu trabalho e minha pesquisa. Não vou supor nada, nem trabalhar com teorias, o que eu mostrar aqui são fatos e posso prova-los.

A informação toda vem através da atividade dos seus usuários. Ao logar sua conta o sistema passa a te "ver" seja de onde for. Observando ele registra suas ações, seja da forma que for. Ao estar logado os olhos do Google estão sob você, registrando e coletando tudo. Monitoração? Invasão de privacidade? Espionagem? Chamem como quiser, mas deixo claro que tudo isso estava embutido nos termos que ninguém lê, só maraca como "Li e aceito os termos" e pronto.

Pesquisas

Sabe quando você vai lá no google e pesquisa "sapato amarelo" e magicamente os anúncios passam a mostrar sapatos. Aí tem dedo do Google. A empresa possui um serviço de anúncios e usa os dados dos usuários para mostrar o que eles andam pesquisando.

Pouco antes de publicar o post.

Além disso o Google sabe tudo que você pesquisou desde a criação da sua conta até o dia de hoje. Quer a prova? Acesse seu Painel de Atividade, logue na sua conta e veja por suas atividades, bem como uma estatística dos navegadores, plataformas, tipo de pesquisas e mais.

Localização

O Google pode saber onde você esteve no fim da tarde de três meses atrás. Sim! Ele sabe onde você esteve por meio do seu celular logado na sua conta. O celular Android, que foi desenvolvido pela empresa. Sabe aquele avizinho da previsão do tempo?

A empresa também possui um serviço de Guia de Locais, ao qual o usuário adere e recebe mensalmente atualizações.

Ele é baseado na sua localização, conferida tempos em tempos pelo celular. Quer a prova? Acesse seu Histórico de Localização e navegue por lá e veja por onde você tem andado, o google sabe até como você se locomove.

O Google te ouve!

Sabe aquele mecanismo, que a gente fala e o celular digita?! Quando pesquisamos algo usando a voz ou quando usamos o celular para descobrir alguma musica? Pois bem o Google tem tudo isso salvo. Acesse a pagina de Controle da sua Atividade e na parte de "Voz e áudio" você pode acessar seu histórico em "Gerenciar Histórico". Ah e lá você pode deletar também suas gravações.

Do que você gosta

O Google sabe disso para mostrar anúncios com assuntos de sua preferência. Ao clicar num desses ou optar por não vê-los, os algoritmos do sistema calculam aquilo que você pode ou não clicar e te mostra enquanto você navega. Você pode ver nas suas Configurações de Anúncios e conferir tudo, ele sabe, ou estima, seu sexo como também sua idade.

O Google sabe disso tudo, e de um pouco mais, sobre você. Acessando a Dashboard da sua conta você tem acesso ao panorama de toda sua conta. Pesquisas, serviços usados, contatos, backups, dispositivos, emails e tudo que for de serviço da empresa.

Além disso a empresa possui um sistema de detecção de faces, que era usado no seu antigo programa de fotos o Picassa, com o fim de marcar o mesmo rosto em varias fotos, mas o programa foi cortado do catalogo da empresa e substituído pelo Google Fotos.

Mas calma, que segundo os termos de privacidade da empresa diz o seguinte:

A empresa também oferece a opção de o usuário poder apagar todos seus dados. Mas são todos mesmo, tudo que estiver vinculado a sua conta de email do google vai pro beleléu. Blogs, dados da nuvem, emails, livros, áudios, agenda e outros mais. Nas Preferências de Conta há uma seção destinada a excluir a conta, acesse e saiba detalhes. 

Os olhos do Google estão a todo momento sobre nós. Isso é um fato que não podemos negar.  E na pratica tendo domínio todas essas informações, o Google torna o uso das plataformas mais dinâmico e deixa cada vez mais pratico. Tendo a premissa de que as informações lá são protegidas, a situação fica delicada. quando se trata de uma única empresa em posse de tudo isso. Informações bancárias, localização de usuários, musicas, vídeos, arquivos de nuvem, emails, livros...

Cuidar dessas informações é dever da empresa, primeiramente, e em seguida dos seus usuários. Informações como essas em mãos erradas podem ser irreversivelmente perigosas. Em contrapartida esses dados poderiam ser usados como provas em acusações de algum crime, ou mesmo um álibi em defesa dele.