Estamos em comportamentos condicionados a determinadas situações. A noite atravessa tudo que o tempo já construiu, atravessa pessoas, me passa e fica um buraco dentro de mim.
Mentiras são verdades vazias, esqueceram de acontecer. Uma hora para de existir de tão vazia, por conta do tempo que só a mal trata enquanto ela balança e tenta ser, nas ruas e ladeiras a fora.
O tempo nunca pareceu maltratar tanto, atravessa o mundo todo, esvazia a vida de si próprio, não dá espaço para aquilo poder ser. Não envelhece passe o tempo que for, não sei bem qual o fim das coisas, mas o bloco segue, e ainda que fique, o tempo nunca para.
Atropela a vida, acerta erros que jamais existiram, concerta o que até então era perfeito. O tempo não esquece de ser, ele está e existe, não podemos negar isso.
Existirá remédios que curem todos os males, os homens precisarão sobreviver. Amanhã o céu será amarelo, trovões anunciarão que tempo caminha agora, em outra direção, quem sabe será um novo tempo.
Falta o fim, porque o tempo levou. É só meio e começo, é tudo o que consegui ser, até de mim o tempo já se livrou pois, não sei mais quem sou. Me sinto inédito, será que o tempo sou eu? Na possibilidade do amanhã, que ainda não aconteceu, seremos fortes ou quem sabe no futuro nós seremos o desconhecido de um acontecimento que nem o tempo conseguirá explicar.