Meu plano era de, colocar o texto no blog antes da volta às aulas. Porem meu faro autocrítico não me permitiu de faze-lo. Bem está aí o texto pronto, espero que gostem. : )
Há poucos dias da volta às aulas é a época onde nos submetemos a um "exame de férias" onde se faz avaliações do que fizemos se foram boas ou não, o que poderíamos ter feito e não fizemos e outra mais analise. Confesso que essas minhas férias -- de meio de ano como chamo, em outros lugares são férias de inverno, quem me dera inverno -- tinha tudo para serem as piores da minha vida, porem esse "tinha tudo" acabou tornando minhas férias espetaculares.
Nostalgia. A palavra que define exatamente como foram minhas férias. Muito dos dias permaneci em casa, e em algum desses resolvi me unir aos garotos da rua que se divertem do jeito deles, que fique claro que a maneira que eles o faz pouco difere da maneira que eu fazia alguns anos atrás, quando eu era como eles, garoto. Soltar pipa, ficar na rua quando todos estavam adormecidos em seus lares, andar de bicicleta coisa que não fazia a anos, me senti um verdadeiro garoto de 10 anos, e foi sem sombra de dúvida isso que fez minhas férias serem espetaculares. Além dessas coisas de quando eu era garoto, fiz coisas que antes me dava o luxo de fazer e que hoje, por conta da insuportável rotina, caíram no esquecimento. Cuidar do jardim, arrumar o quarto (kkk'), arrumar a papelada da escola -- quantos e quantos papeis desnecessários vão para o lixo nessa época? -- e é nessas singelas coisas, que notamos o quanto podemos ser felizes com coisas simplórias, sem precisarmos fazer mega viagens, comprar mega coisas, ir a uma mega festa e mais outras coisas megas para sermos felizes.
Ficamos renovados prontos para fazer o que fazíamos antes, seja na faculdade, no trabalho, na escola... Muitas vezes a féria nos transforma. Nessas quatro semanas, fiquei isolado de alguns amigos, por conta de um celular quebrado, foi bom, mas também ruim. Bom já que me desuniu de muitos e isso me faz sentir saudade deles, das chatices, das palhaçadas, das manias e por aí vai. E é ruim já que isso te deixa de fora de tudo que rola entre os amigos, do que eles falam, para onde eles saem e você fica realmente isolado deles.
No ultimo dia de férias não sabemos se estamos alegres ou tristes. A gente vai pra cama mais cedo, estamos inquietos com o dia que estar por vir, com isso mal dormimos, ficamos horas a fio pensando como será amanhã. O que vai estar mudado na escola? Como vai ser daqui pra frente? E inclusive fazemos alguns planos para sermos alunos melhores, mais atenciosos, mais prestativos... Mas são somente planos e não metas. As coisas divergem entre si. Quando por fim pegamos no sono, já perto da hora de acordar, somos retirados da inercia do sono pelo adorável azucrinante despertador. Aí pensamos consigo: "É. Definitivamente, as férias acabaram".
Colocamos a nossa habitual farda, o ônibus faz o mesmo caminho de sempre, o mundo é o que está para além da janela e o que somente ali contido. Assistimos o mundo lá fora passar com sentimentos ruins, as férias enfim acabaram, teremos de voltar para nossas rotinas torturantes, que começávamos a sentir pelo afastamento, teremos que aturar de volta nossos professores/ chefes/ alunos, que até mesmo daqueles que menos apreciávamos, sentimos uma fina saudade de suas chatices e piadas sem graça. Mas também vamos com sentimentos bons, em fim estamos para nossa torturante rotina, sentimentos de termos vivido o que não vivamos ha uns tempos, de ter feito o que planejamos e o que não esperávamos fazer nessas quatro semanas - e que semanas loucas. Livros que lemos peças as quais assistimos livros que lemos e filmes que assistimos. Às vezes penso o quanto algumas de nossas ferias teriam tudo para serem as mais chatas, tediosas, sem graça, solitárias e tristes, e como elas do nada se tornaram uma férias inexplicável, sem palavras e totalmente extraordinárias apesar de toda simplicidade. Confesso que pasmei quando em menos de uma semana e sem ter se quer saído do raio costumeiro sujei uma quantidade incontável de roupas.
Sentiremos saudades do que fizemos nas férias, noites não dormidas, dias de exageros, dias de dieta, dias em claro, dias inteiros hibernados... A saudade dos amigos nos faz esquecer, e talvez perdoar, o pior dos erros que eles possam ter cometidos. O medidor de erros volta à estaca zero.
Ansiosos para saber como foi às férias dos amigos e um tanto aflitos para que nos perguntem como fora nossas férias, e aí falaremos, que apesar dos, "poréns" dos "mas" dessas quatro semanas sensacionais tivemos uma puta de uma férias.
Ps: Por-do-sol, o azul do céu, livros e café. Três coisas que me deixam feliz de uma forma inexplicável