Mude, mas que se mude em silêncio.

Mudei e peço que me desculpe por não ser mais o mesmo em mim, mas ainda existo em pessoas por aí, algo velho, ultrapassado. Cansado por carregar pesos, pessoas e fatos de um passado sem sentido, me livro de tudo que me prende a quem já não sou mais. Finalmente, aceitando fatos e vivendo as verdades, noto que os dias hoje são outros.

A caminho do desconhecido no amanhã, transformando os dias, ir. Na companhia da solidão, fica um rastro de amor por onde se passa. Refaça os passos e estarei lá. Cresci e ninguém ouviu, não se fez um barulho se quer no silêncio da vida vazia. Calmaria meio a um mundo enlouquecido.

Do zero ou o velho novo. Seja como for, é um recomeço pois, já estamos nascidos. Começar, algo além disso é um reinicio do viver. Renova, faz um caminho diferente, vai, roda o mundo, remonta o amor, tente descobri-lo, desenhe um mundo onde somente você existira. Marque a verdade na sua pele, se jogue de lugares cada vez mais altos. Coragem!

Quem existe não condiz com quem nos somos. Alimente sua loucura, queime de dentro para fora, explode tudo que já existiu um dia. O passado não faz mais sentido, quem sabe a vida nunca tenha feito. Mude em silêncio e ouvira todos gritarem sobre o novo.

O passado entra em contradição com o hoje pois, já não somos os mesmos, sinto por muito por isso. Mudamos por isso tudo parece incompatível. Certas verdades, e pessoas, não faz mais sentidos levar para vida. Mudar é deixar, sejam verdades, pessoas, lugares, coisas e até nós mesmos.

Nos tornamos monstro para quem já não nos conhece, mas aqui dentro reina a mais perfeita normalidade.

Mudamos, e com isso podemos nos tornar exatamente aquilo que querermos, como também alguém distante, fora da realidade que imaginamos. Aquele que conheceu, não é o mesmo, não sou definido, sou um processo inacabado. E peço que não me julgue por quem era, me julgue por quem me tornei.

Assim como a música existe, há também coisas que só quem ama música entenderá, e se você chegou aqui é porque provavelmente não consegue sair de casa sem o fone de ouvido, ou não consegue viver sem essa ferramenta, inventada por Nathaniel Baldwin em 1919, quase cem anos atrás. Cara***.

É por ter esse amor por essa arte, e ser dependente dessa droga (bicha pague meu dinheiro), é que sofremos pelas mais diversas causas. Seja esquecendo o fone em casa ou não podendo performar aquela música na rua.

A música é um patrimônio universal. O sofrimento também.

Se esse mundo existe, Graças a Deus por que ele existe, porque graças a deus, nós criamos a música e o stream de música.

Varias pessoas apontam contras quando se trata de serviços de stream, e com razão. O CD da Miley no Spotify não vem com adesivo de um Cannabis, mas não se deve negar que o serviço de stream é um, grande facilitador de descoberta de novas músicas, artistas, pegadas novas e álbuns que são verdadeiras pérolas.

Mas claro, o fato não se limita somente ao ambiente virtual, por ora as rádios também ajudam nessa árdua tarefa, muitas vezes tardiamente, mas é aquele ditado, tarda mas não falha né irmãos. Uma verdade é que vem uma música boa, outra e mais outra, quando vemos a playlist já passou das 50 faixas.

Nunca ficamos na mão

Quem ama música, não fica sem ela. Para isso ele conta com planos B, C, D... Seja carregando um MP4 na bolsa, ou com um alguns arquivos .mp3 no celular ainda quando assina algum serviço de stream, só para garantir que o samba não pode, morrer, nem acabar. Chega até a salvar festas com um de seus planos B, ou mesmo o plano A.

É de 512MB ou 1GB?

Isso vale para fones

Imagina sair de casa, entrar no seu ônibus e então perceber que esqueceu seus fones em casa e ter que ficar se imaginando cantarolando músicas o dia todo. É um castigo não? Por isso muitos carregam fones reserva na bolsa, claro, o plano B.

Tudo que se faça, tem que ter música

A música tem o poder de tornar algumas atividades, bem chatas, em verdadeiros prazeres. Aquela louça depois do almoço, a limpeza do banheiro, a espera na fila das lotéricas. Tudo que se faça tem que ter uma Te Taco o Taco tocando. Ela ajuda a deixar a vida mais leve.


Sua vida parece ter sempre uma trilha

Sabe quando estávamos no terceiro ano, e você amava Vanessa da Mata? Sim eu sei.

A música do momento passa a traduzir exatamente como nos sentimos, é por isso que gostamos dela e logo depois gostamos de outra, o nosso humor, a vibe da vida, muda. Por isso que aquele momento passa a ter uma trilha. Assim como você se torna um verdadeiro especialistas em trilhas sonoras de vida, e sabe exatamente onde procurar a música certa para aquele momento. É o que eu chamo de bagagem musical.

O túnel do tempo

É exatamente por marcar aquela fase, que ouvir novamente aquele hit, ou álbum, te lembra daquele curso que você fazia e que no caminho sempre ouvia Pink Friday ... Roman Reloaded da Nicki Minaj. Duas, quatro, dez vezes durante o dia, enquanto lia aquele clássico da literatura, que era leitura obrigatória da sua escola (um exemplo de coisa chata que ficava legal). Até mesmo aquela música que era sua cara e virou até trilha para a colação de grau da turma.


 Difícil manter a classe em locais públicos

What happened at the New Wil'ins?Bitch, I'm back by popular demand

Tem música que é tão boa que quase um pecado, não resistimos e dançamos nem que seja com as mãos. Quando se está empolgado então, a tentação aumenta e fica cada vez mais difícil não transparecer toda performance interna que a gente faz na cabeça. Só na cabeça mesmo, porque a única coisa que se externalisa é uma cabeça balançando, uma mão batendo na coxa. Isso vale para aquelas letras que você ama e faz todo um vocal por dentro, e até desenha no ar quando faz os falsetes.


Música é troca

Amizade já é bom, com gente que sabe indicar música boa é melhor ainda. Muitas vezes nossos amigos que são verdadeiras Maria Spotify sabem bem que aquela música ou artista é nossa cara e mandam bem. Como também passamos no perfil de um amigo para descobrir algo novo  quem sabe do crush para saber o que ele curte e ter um assunto, ou uma noção do que esperar, até que ele diz que não assina Spotify.

Diferente, foi assim que o dia nasceu, tinha algo estranho no ar e era bom. O vento que foi chuva, e calou-se há dias convidou, a ir para onde ele soprava. Eu queria ir, e fui, de encontro a ele, quis descobrir onde a vida nasce, de onde ela vem. Vento vida, que me fez, que as vezes fala, que se alegra quando a primavera acontece.

Alguma coisa aconteceu, o sol trouxe o brilho especial para o dia. A vida vai nascer amanhã. Mas quanto ao hoje, posso garantir, que algo aconteceu. Se aconteceu precisa ser celebrada. Não doeu nem um pouco.



Fui ver a vida, sentir o vento no rosto. Ser leve. Ser eu antes de mim. Quem sabe a vida só precisasse disso, ser ela e pronto. Simples, humilde, inocente e natural. Sinto em mim, alguma coisa aconteceu. Não consigo explicar o que, mas aconteceu. E se a vida parou, nessa hora eu não sentia nada.

Em busca de um novo amanhã, quem sabe eu antecedesse a mim. Moravam em mim, verdade que não precisavam ser ditas. Às vezes saem pela garganta, leves, mas ainda pertencem a mim, são todas minhas. Depois daí nada mais importava, já estava dado, não podia mais mudar. Me resta ir em busca do desconhecido, procurara meu novo eu, buscar a mim.

Há mar. Existem partes de mim que andam por aí, há outros de mim que habitam diversos corpos, sim eles existem e sei disso. Mas alguma coisa aconteceu. São muitas, as coisas que gostaria de fazer, e não fiz. Uma parte da vida não representa o todo, e lhe digo, não será esse o nosso fim. A vida uma hora deixa de sê-la. Vira sonho.

É bom, eu sei, e aconteceu, sinto no ar. Me diga você, como sabe que vive. Tento explicar, mas isso parece se esconder, parece não querer se mostrar, mora no desconhecido, mas cheira bem. Sim cheira. Terra molhada, quem sabe. Não esconde da própria existência, pois só em existir foi um erro, mas não faz disso algo ruim.

Sigo o sol, na busca do meu amanha. Preciso descobrir o que houve, o que foi, não me calo enquanto não souber, não serei silencio. Não serei acabado, e muito menos estou, pois sei, que alguma coisa aconteceu.

Não posso comparar o êxtase de estar ali, sozinho, centre livros, chegando tarde em casa e dormindo sozinho ou conhecendo um lugar novo, quem sabe um Museu, história, e também de conhecer um lugar para alimentar a fome por livros empoerados, que jamais lerei. Simplesmente não da pra comparar.

Sobre Fantasmas

E de repente os fantasmas do passado voltam pra me atormentar. Textos inacabados. Planos frutados. Livros intermináveis. Fantasmas.
Quem sabe a vida se resuma a um nada. Mais que um relacionamento. Mais que um sonho. Mais que uma formação na federal. Mais que muita coisa porém se resume a nada. Onde acaba tudo?