De cima o mundo é azul, de baixo também.
Um ponto perdido na imensidão do espaço que há dentro de mim. Ainda não sei bem de onde vim e quem sou, mas sei que enquanto a vida passa, danço cirandas procurando pela vida perdida em qualquer lugar. Voltar não seria uma possibilidade, o novo se fará forjado onde sentido nenhum seja sentido, onde razão nenhuma alcance.
Há mundos que habitam em mim, universos onde asas são meros detalhes de um ser, onde o céu é somente uma cor e a vida passa voando. Além do mar, nosso lugar está longe de todo começo. Perto do sol e morando, na verdade dos dias. O equilíbrio é natural, a natureza dançando e fazendo o amor em todo canto. Amar é fácil, natural, simples e acontece, basta esperar.
Gravidade, prende os mares, levanta escudos, coloridos e a atmosfera, insiste em cair debaixo das estrelas, os mortos sustentam o peso do mundo. O amor. Por voar descobri, a gravidade das coisas, que insistem em pertencer ao chão. Minhas asas são cores cortando o azul do céu, que cor tem o amor? Ainda não descobri, apenas sei que possuo em mim todas elas.
Alternativo, existe amor em todas as coisas, a maior força que já existiu. Há um castelo se erguendo dentro de nós. Errado, torto, sem sentido, mas forte, nosso e lá habita nossa verdade. No meio de tudo garrafas vazias, joias quebradas, penas, corpos, cascas, escudos e o nosso amor. O mundo nem sempre esteve ao nosso favor.
Não é errado amar alguém. Estamos errados ou o mundo parece ter enlouquecido? De erro em erro aprendo sobre dores que me fazem ser quem sou. De queda em queda descobri que o céu não é tão azul, estava aprendendo a voar. Ossos, sangue, cicatrizes, asas feridas e o amor. Amar também é sofrer e tudo bem ser assim.
Dentro de mim, em órbitas baixas, existem sóis, que queimam toda a forma de ser, cometas que me ameaçam de destruição, ser quem sou às vezes dá medo. Mundo, cores e seres ameaçados de provar do amor jamais visto. Sobreviveriam? Se fará revolução, será um ser inédito, diferente e longe de tudo que já foi pensado, será.
Há quem viva sem amor e há quem ame com tudo que se tem, como se o amor fosse a grande novidade de tempos que não aconteciam. Tem a cor de felicidade, é amarelo é o sol, é azul e é o mar, e sou eu cruzando o céu, provando do mundo que ainda não descobri.
Em cada mundo exite uma forma de amar.
Amar muda tudo e existe amor em todas as coisas, por isso, ame, de verdade e por inteiro. Ame forte e com tudo que puder, até que o mundo todo balance, enlouqueça e vire de ponta a cabeça para então entender o teu amor.